Manejo florestal sustentável pode movimentar a economia de MT em R$ 10 bilhões, diz estudo da Fiemt - Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso

Manejo florestal sustentável pode movimentar a economia de MT em R$ 10 bilhões, diz estudo da Fiemt

07/10/2022 - 16h36
economia verde
Resultado foi apresentado na quinta-feira (06.10) ao setor
da base floresta de Sinop. Foto: Vivian Lessa

Mato Grosso tem capacidade de movimentar a economia em R$ 10 bilhões utilizando os cerca de 15 milhões de hectares em potencial para uso do manejo florestal. Atualmente, o setor é responsável por proteger uma área de 3,7 milhões de hectares. Os dados fazem parte de um estudo feito pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), por meio do Observatório da Indústria, para a Parceria para Ação em Economia Verde (Page), instituição ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).

O resultado foi apresentado na quinta-feira (06.10) ao setor da base floresta de Sinop, durante o “Valores Enraizados – Indústria verde e o futuro de Mato Grosso”, realizado pela Fiemt e Page, com apoio do Serviço Social da Indústria (Sesi MT), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai MT) e Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem). O encontro reuniu representantes e empresários para debater diferentes formas de explorar o segmento de maneira sustentável.

“A economia mundial está pagando pelo sequestro de carbono que pode movimentar a economia mato-grossense em cerca de R$ 10 bilhões. Estão pagando por isso e querem a preservação ambiental”, explicou o gerente de Economia da Fiemt, Pedro Máximo.

Ele, que é responsável pelo levantamento que ouviu 238 empresários ligados à atividade em diversas cidades de Mato Grosso, ressaltou que o valor gerado com o manejo florestal considera a comercialização de algumas espécies de madeira nativa utilizada de forma sustentável. “Manter ativa a economia verde é gerar riqueza e pensar no futuro da sociedade”, disse. 

O superintendente da Fiemt, Mauro Santos, falou da importância do evento para base florestal como forma de mantê-la informada sobre as necessidades de mercado. "O mercado mundial pede por produtos mais sustentáveis, oriundos da economia verde. Esse estudo serviu para diagnosticar, mapear como está atualmente a cadeia florestal".

O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), Wilson José Lucas, ressalta o quanto o setor movimenta a economia, gerando empregos, e ainda preservando o meio ambiente.  “Produzimos e preservamos. Um estudo como esse feito pela Fiemt norteia o setor para continuarmos com o processo de economia verde", apontou.

Eduardo Chilleto, coordenador Nacional do Page, pontuou que o estudo desmistifica a ideia de que o setor desmata, quando na verdade protege o meio ambiente. "O empresário do segmento florestal sabe que para conseguir se manter no mercado é preciso considerar a sustentabilidade. O estudo é um grande passo para mostrar ao mundo que Mato Grosso é sustentável".

É o que também pensa a empresária do setor Bruna Feroswalva. Para ela, os dados apresentados comprovam que o segmento está no caminho certo e o quanto a base florestal é importante para a economia. "Mostrou também o quão é relevante nos atualizar e buscarmos informações tecnológicas.  Há um nicho de mercado com várias possibilidades que ainda não são exploradas no nosso país e sabemos sobre a importância de termos o selo verde!".

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Manter ativa a economia verde é gerar riqueza e pensar
no futuro da sociedade. Foto: Vivian Lessa

Palestras

Durante a programação foram pontuadas referências internacionais para modelos de gestão alternativa da base florestal, propondo processos adequados de planejamento do uso da terra e o equilíbrio de carbono dos modelos alternativos de manejo da indústria florestal.

A agenda contou ainda com o painel Oportunidades de Negócios com a participação do engenheiro florestal e sócio proprietário da empresa Avaplan Engenharia, Jeanicolau Lacerda, do arquiteto e diretor/fundador do Núcleo da Madeira, Marcelo Aflalo, e do especialista do Senai Nacional/Instituto Amazônia +21, Fernando Penedo. 

Texto: Vivian Lessa | Fiemt

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