Rota Industrial: pesquisa pontua oportunidades e desafios para indústrias frigoríficas de Mato Grosso - Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso
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Resultados obtidos com a oficina do Workshop constarão
em um documento final que será entregue ao setor.

O Rota Industrial do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt) apresentou uma pesquisa que pontua oportunidades e desafios para indústrias frigorificas de Mato Grosso. Os primeiros resultados foram divulgados durante um workshop, no dia 17 de agosto, que reuniuespecialistas, pesquisadores, empresários, entidades representativas e indústrias. Em seis meses, o programa de inovação permanente realizou entrevistas com representantes do setor de proteína animal, mapeou pontos estratégicos apresentados no Workshop, que estarão em documento final entregue para o setor. A pesquisa segue para o setor de base florestal.

Um dos temas destacados na pesquisa é a geração de muitas oportunidades de trabalho para mulheres no setor. De acordo com o Observatório da Indústria, há cerca de 8 mil trabalhadoras atuantes em unidades frigorificas de carne bovina. Dessas, aproximadamente 2,4 mil tem idades entre 30 e 39 anos. No total, somam 23,4 mil trabalhadores nas indústrias frigorificas de bovinos em Mato Grosso, com predominância do gênero masculino, sendo 15,6 mil pessoas.

Durante o Workshop, foram apresentados pontos fortes de atuação das empresas frigoríficas do estado, com destaque para a participação dos empresários em feiras para se promover e observar as tendências, com acesso aos principais mercados internacionais e bom posicionamento e reconhecimento das empresas exportadoras no mercado externo. Na ocasião, a superintendente da FIEMT e IEL, Fernanda Campos, destacou outras boas práticas voltadas à qualificação de mão de obra, valorização dos funcionários que não faltam e que cumprem as metas, além de que alguns frigoríficos têm políticas de benefícios e incentivos à permanência de colaboradores nas empresas.

Em relação aos pontos fracos, pontuou-se a ausência de análise de concorrência, estudo de mercado e de planejamento de médio e longo prazo; elevada capacidade ociosa, além da inexistência de contrato na compra de matéria-prima, dificuldade em criar centro de exportação de miúdos para ganho de escala e de capturar mão de obra qualificada, entre outros.

Foram apontados também oportunidades para as indústrias frigoríficas, como a disponibilidade de programas de incentivos fiscais; ampliação de parcerias com o Sistema Fiemt, como em ofertas de cursos oferecidos pelo Serviço Social da Industria (Sesi) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Em pautas já encabeçadas pela Fiemt, o Rota Industrial catalogou alguns riscos para o setor como a elevada carga tributária; precariedade das rodovias (principal modal); dificuldade em habilitar a planta para exportação para China e EUA; e a necessidade de automatizar mais a linha de produção das indústrias, visto a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de profissionais de nível fundamental/médio.

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O programa tem caráter permanente e irá identificar os
fatores de competividade das indústrias em Mato Grosso

Workshop

Durante o Workshop, foi realizada uma oficina de consenso denominada: Construir Rotas para o Desenvolvimento do Setor. Foram destacados pontos que emergiram das narrativas construídas pelos participantes para o levantamento de 64 macroações validadas por grau de prioridade (não urgente, urgente e imediato), além de novas propostas quepuderam ser sugeridas - representantes das entidades abaixo destacadas. Após o mapeamento e validação das macroações, os resultados obtidos com a oficina do Workshop constarão em um documento final que será entregue ao setor.

Estiveram presentes representantes do Instituto Ação Verde,Instituto Senai de Tecnologia, do Instituto Euvaldo Lodi (IEL MT), do Senai, do Sesi, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar MT), do Instituto Mato-Grossense da Carne(Imac), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec-MT), do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT),da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci MT), do Escritório de Inovação e Tecnológica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), doSindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), e das empresasNaturafrigAlimentose Frigorífico Pantanal.

O que é o Rota Industrial?

O programa tem caráter permanente e irá identificar os fatores de competividade das indústrias em Mato Grosso, as estratégias de posicionamento da marca, produto ou serviço adotados pelas indústrias, os desafios da cadeia de suprimentos, as políticas ambientais adotadas pelas indústrias, os principais instrumentos e incentivos de políticas públicas à indústria, entre outros assuntos.

O Rota Industrial que alinhará com agendas intersetoriais (governo estadual, federal, associações, sindicatos, ONGs, as casas que compõe o Sistema S, entre outros) também identificará as necessidades de outros três setores: biocombustível, esmagadora soja e construção civil.

Os profissionais que compõem o projeto do Rota Industrial são pesquisadores, escolhidos por meio do Programa Inova Talentos, de iniciativa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), que visa fomentar projetos de inovação em empresas e capacita jovens talentos. A equipe é composta pelos acadêmicos: doutor em saúde coletiva, Fagner Rojas; mestre em ciência política, Joais Lima; mestre em economia, Luís Fernando Bezerra; e mestra em saúde coletiva, Virgínia Costa.

Texto e fotos: Vívian Lessa

Rota Industrial: pesquisa pontua oportunidades e desafios para indústrias frigoríficas de Mato Grosso.

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