Mato Grosso no caminho do desenvolvimento - Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso
mauro mendes
Mauro Mendes, governador de Mato Grosso.
Foto: divulgação

Com um olhar voltado para o desenvolvimento econômico, infraestrutura, preservação ambiental e qualidade de vida da população, o governador Mauro Mendes tem desempenhado um papel fundamental como agente propulsor do crescimento de Mato Grosso.

Nesta entrevista exclusiva, Mendes fala sobre a relação entre meio ambiente e setor produtivo, as perspectivas positivas para o desenvolvimento do setor industrial e ainda elenca as ações que estão em andamento e visam tornar o ambiente de negócios mais fértil no Estado.

Quais são as perspectivas para o futuro da indústria em Mato Grosso e quais são os principais projetos ou iniciativas em andamento para estimular seu crescimento?

Mato Grosso tem sido o estado com a maior taxa de crescimento da indústria, por dois fatores: qualidade do empreendedor mato-grossense, que tem contado com o auxílio da Fiemt para expandir suas atividades; e o ambiente econômico e jurídico criado pelo Governo de Mato Grosso para atrair novas indústrias.

Tomamos muitas ações para fomentar essa atividade, como a reinstituição de incentivos fiscais, que é feita em até 48 horas e garante isonomia e segurança jurídica para as empresas que queiram investir. Aceleramos a análise de licenças ambientais e Cadastro Ambiental Rural (Mato Grosso é o estado recordista em análise de CAR), reduzimos mais de 140 impostos (como de combustíveis, telecomunicações e energia) e realizamos investimentos públicos massivos em áreas como infraestrutura, educação e segurança, o que torna nosso estado mais desenvolvido e apto para receber novas indústrias. 

Mas a perspectiva futura ainda é incerta, especialmente por conta da reforma tributária. Se não houver uma condução muito séria nesse projeto, estados como Mato Grosso poderão ser prejudicados e sofrer desindustrialização, e estamos lutando para que isso não aconteça.

O que tem sido feito para promover a qualificação da mão de obra e preparar os trabalhadores para os desafios do mercado de trabalho atual?


Sempre digo que esse é um problema “bom” porque mostra que Mato Grosso está trilhando um caminho próspero. As empreiteiras contratadas pelo estado estão buscando gente de fora de Mato Grosso para tocar as obras, por absoluta falta de mão de obra. Mas, ao mesmo tempo, temos pessoas em busca de emprego ou de conseguir uma renda, mas não conseguem porque não tiveram oportunidade de se qualificarem.


Por isso, sob a liderança da minha esposa, a primeira-dama Virginia Mendes, lançamos neste ano o SER Família Capacita, que está oferecendo gratuitamente 50 mil vagas para cursos em 75 profissões diferentes. As formações são feitas em parceria Senai e abrangem os 141 municípios. São praticamente R$ 70 milhões investidos somente nessa ação, que além de suprir uma demanda de mercado, vai ajudar milhares de mato-grossenses a sairem de uma situação difícil, terem independência financeira e ajudar no orçamento familiar. 

Mesmo com o setores produtivos utilizando práticas sustentáveis, a imagem do estado e do Brasil muitas vezes é deturpada no exterior. Como reverter isso?


Essa imagem não é construída de forma espontânea. Há interesses econômicos de países da Europa, por exemplo, que são nossos concorrentes comerciais, e por isso fomentam a tentativa de criminalizar a nossa produção, atrelando o produtor brasileiro ao desmatamento ilegal. Mas a absoluta maioria dos nossos produtores trabalha dentro da legalidade e temos a lei ambiental mais rígida do mundo.

Mauro
Mendes fala sobre Meio Ambiente e desenvolvimento
econômico. Foto: divulgação

Nenhuma outra região produtora do mundo possui nada que chega perto disso em termos de preservação. O problema é que essa não é uma verdade conhecida pelo mundo, pois o Brasil comunica seus feitos ambientais de maneira reativa, apenas se defendendo quando surgem notícias sobre desmatamento e queimadas.

Tenho defendido duas ações. A primeira é que deveríamos passar a fazer uma comunicação mais ativa, mostrando de forma acertada e estratégica para nós brasileiros, e para o restante do mundo, o quanto o Brasil preserva e produz, e os nossos esforços para coibir e punir os crimes ambientais.

A segunda ação que considero eficaz é o confisco de terra de quem praticar o desmatamento ilegal. Essa é uma medida que somente o Congresso e o Governo Federal poderiam fazer. Seria um recado muito forte ao mundo de que o Brasil não tolera o desmatamento ilegal e aplica penas duras para quem o faz. Enquanto não tomarmos ações disruptivas como essas, infelizmente continuaremos amargando uma imagem ambiental ruim, independente dos esforços que tem sido feitos.

Fazendo uma análise de como a indústria era há 20 anos e sobre como somos, como o senhor imagina o setor de Mato Grosso daqui a 30 anos?


Vejo um futuro promissor para a indústria de Mato Grosso. Vamos continuar crescendo acima da média nacional e continuar transformando todo esse grande potencial gerado no setor primário, nossa produção no agronegócio, transformando cada vez mais essas matérias primas, agregando valor e vendendo esses produtos para o Brasil e para o mundo.

Qual mensagem gostaria de transmitir para os empresários e trabalhadores da indústria de Mato Grosso?

Aos grandes empreendedores da indústria e aos trabalhadores da indústria mato-grossense, eu quero deixar uma mensagem de muito otimismo. Acreditem no desempenho da indústria mato-grossense, que vai continuar esse processo de crescimento nos próximos anos e décadas, e isso vai trazer oportunidades para todos: os empreendedores, que poderão crescer ainda mais em seus negócios; os trabalhadores, que poderão ter oportunidades de ascender e de crescer nesse processo de aceleração da indústria mato-grossense. Que todos possam ter aqui, nesse canto do Brasil, as suas oportunidades e uma vida muito melhor, muito mais feliz e com muita segurança.

Fonte: Gerência Corporativa de Comunicação Institucional do Sistema Fiemt

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