"Se alguém precisa quebrar o seu negócio, que seja você mesmo", alerta o consultor de inovação Leonardo Carrareto - Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso

“O maior concorrente para o seu negócio hoje, provavelmente, não está no seu segmento. Se alguém precisa quebrar o seu negócio, que seja você mesmo. É preciso estar atento ao futuro pelos próximos 30 anos e planejar os próximos seis meses”. O alerta é do consultor Leonardo Carrareto, que ministrou a palestra “Transformando a empresa pela Inovação”, realizada pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt).

Dado da Digital Vortex aponta que 40% das empresas deixarão de existir nos próximos cinco anos. No encontro, Leonardo contextualizou como a tecnologia está transformando o mundo e as pessoas. “Transformar é necessário, mudar e inevitável, mas crescer é uma opção que os empresários podem fazer. O que demos foram algumas perspectivas e ferramentas para que eles possam transformar os negócios. Inovar é preciso e para isso esse diálogo industrial existe”.

O consultor ressaltou que um jeito de pensar antigo funciona como anticorpos contrários à inovação. “A principal barreira para a inovação é o comodismo, o conforto. As empresas que menos inovam, muitas vezes, são as líderes de mercado. Quanto mais confortável a gente estiver, menos a gente inova”. Carrareto destacou que é preciso minimizar âncoras nas empresas, como regras, custos, centralização e processos. Por outro lado, é necessário potencializar alavancas como melhorar processos, o poder de negociação e a interlocução com clientes.

Ele afirma que, ao contrário do que muitos pensam, inovar não custa caro e pode ser até de graça. “Não é o grande investimento, mas principalmente olhar o que o consumidor quer e precisa. E isso vem até com feedbacks e ideias dadas pelos clientes. Podem ser pequenas melhorias e dar grandes resultados ou até grandes transformações, que podem surgir de um processo ouvindo o cliente”, orienta.

Segundo Carrareto, não há uma técnica para inovar, o que se precisa é ter curiosidade, disposição e energia. “Não existem empresas inovadoras ou governos inovadores, só existem pessoas inovadoras. Então, a inovação vem das pessoas e da vontade de fazer e ser melhor. Esse é o principal ingrediente para inovar, ela começa por cada um”.

O industrial Heitor Trentin é dono da empresa familiar Prol Móveis De Aço, que fabrica estantes, armário e gondolas usados para expor produtos dos clientes. De acordo com ele, as mudanças provocadas pela tecnologia no modo das pessoas consumirem afeta, diretamente, o negócio da família. Mesmo com 35 anos de atividade, o grande desafio atual é se manter no mercado.

“Inovar é algo que até nos assusta, mas para continuar dando resultado e gerando emprego tem que ter inovação. Vim buscar informação para ver como proceder e usar as tecnologias que estão surgindo com a indústria 4.0 no nosso negócio. É uma tarefa muito difícil adequar a empresa a essa nova era, mas hoje temos um pouco mais de sabedoria, experiência e ferramentas para construir um futuro melhor para os nossos negócios. Temos que acompanhar o mercado e o que o consumidor quer. O seu produto é importante na vida dele? Como vai aperfeiçoar o seu produto para melhorar a vida dele? São questões importantes abordadas na palestra e nos fazem refletir”, afirmou Trentin.

O Diálogo Industrial “Transformando a empresa pela Inovação” é uma ação do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Sebrae. Mais informações sobre o programa e próximos eventos podem ser obtidas pelo telefone (65) 3611-1666 ou e-mail uedirs.pda@fiemt.ind.br.

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