Gestão estratégica de saúde e segurança eleva a competitividade da indústria - Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso

“A cada dólar investido na segurança e saúde do trabalho, a empresa ganha e preserva em torno de US$3. É um ROI [retorno sobre investimento] muito alto e que deve ser considerado pelo empresário”. A afirmação é do especialista em Saúde e Segurança do Trabalho (SST) Rodrigo de Almeida, durante o Diálogo industrial realizado pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt). O encontro reuniu empresários e representantes de indústrias para orientar sobre a gestão estratégica dessa questão e reduzir custo previdenciário originado pelo afastamento do trabalhador por acidentes ou doenças do trabalho.

De acordo com Almeida, o cálculo acima considera algumas questões como, por exemplo, o ganho de produtividade e não ter o ônus da ação regressiva da previdência com afastamentos com nexo, que são aqueles provocados pela atividade que o trabalhador desenvolve na empresa. Pagamentos adicionais em salário de insalubridade e periculosidade e a responsabilização civil por dano à saúde do trabalhador são outros fatores considerados.

“O empresário precisa entender que saúde e segurança estão diretamente ligadas à competitividade. A partir do momento que se assume certos descuidos, ou não se investe na gestão de riscos, automaticamente está diminuindo a competitividade. Seja por recolhimento de imposto, pela precariedade da mão de obra ou por um clima ruim dentro da empresa. Não tem o que perder quando se investe em segurança”, reforçou Almeida.

Com exceção das indústrias enquadradas no Simples Nacional, todas recolhem 3% sobre a folha de pagamento a título de seguro de acidente de trabalho. “Esses 3% podem virar 6% ou cair para 1,5% sobre uma folha de pagamento, a empresa que tem mais afastamento paga mais. Isso equivale a 75% de diferença de recolhimento de imposto todos os meses, o que pode salvar um 13º das empresas ou ser investido na própria saúde e segurança para manter a qualidade de vida e a produtividade”.

Entre os principais erros cometidos pelas empresas na gestão de saúde e segurança está o descuido em não identificar quando a perícia dá nexo com o trabalho. “Às vezes, essa caracterização existe na previdência social e a empresa não se defende, não demonstra que não foi lá e acaba pagando a conta”, exemplificou o instrutor. “A má gestão dos ambientes de trabalho é outro ponto importante, porque pode gerar um clima de insatisfação e a pessoa vai para um afastamento e não quer retornar ao trabalho, isso gera um custo”.

Almeida orienta a dar atenção especial para a gestão de afastamentos e atestados, além de gerar provas a favor da empresa com as boas práticas que são realizadas. “Tudo isso entra no circuito de defesa para não se assumir o ônus e não prejudicar a empresa todo mês. Nenhum industrial quer ter o seu trabalhador doente. Essas práticas estratégicas, e quem tem esse poder é o pessoal de recursos humanos, trazem um diferencial competitivo para a empresa”, finalizou.

O Diálogo é uma das ações do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com as federações de indústria, sindicatos empresariais e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Informações sobre datas e temas dos próximos eventos podem ser obtidas pelo telefone (65) 3611-1666 ou pelo e-mail uedirs.pda@fiemt.ind.br.


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